quinta-feira, 2 de abril de 2009

Do século XIX para as páginas da Internet



O jornal impresso foi usado de diversas formas. Serviu como instrumento político-social para a padronização das massas, promoção da opinião pública, explanação e disseminação de ideologias e por movimentos dissidentes, oposicionistas e de contracultura e para informar a população sobre os acontecimentos mais relevantes.
Com o avanço das tecnologias, tornou-se possível digitalizar integralmente o conteúdo desses jornais que fizeram e fazem parte da história da Humanidade. A grande vantagem é poder dinamizar o acesso a esses conteúdos, que antes só podiam ser encontrados em algumas raras bibliotecas e museus.

O programa The National Digital Newspaper, da ONG americana NET (National Endowment for the Humanities) é o que mais se destaca nesta área. Em parceria com a Biblioteca do Congresso – onde os jornais originais ficam armazenados –, o projeto tem o intuito de digitalizar e disponibilizar na Internet o maior número possível de antigos exemplares dos principais jornais dos EUA. Até agora já foram liberados todos os conteúdos disponíveis na Biblioteca entre os anos de 1836 a 1922.

Os arquivos podem ser acessados nesse link:
http://www.loc.gov/chroniclingamerica/availableNewspapers.html

Aqui no Brasil, um projeto similar é feito pela Biblioteca Nacional, onde grande parte do acervo de 15 antigos – e significativos - jornais já foi digitalizado. Dentre eles estão o Diário do Rio de Janeiro com publicações de 1808 a 1822, o Diário de Porto Alegre (1827 -1828), O Farol Paulistano e Compilador Mineiro.

O conteúdo desses e dos outros onze jornais podem ser acessados aqui: http://www.bn.br/site/pages/catalogos/periodicos/periodicosdigitalizados.htm

Com a disponibilização desses conteúdos na rede, jornalistas, comunicadores sociais e interessados sobre o assunto poderão ver e analisar a evolução do jornalismo impresso e todos os elementos que o compõe - o tipo de linguagem, o formato, a linha editorial e a diagramação. Ao tornar estas publicações disponíveis a qualquer cidadão com acesso a internet, as Instituições estão preservando um registro da História que não consta nos livros escolares, um registro estritamente ligados aos fatos e à vida cotidiana de cada época.


Foto retirada do site: http://www.iped.com.br/sie/uploads/6441.jpg



Lilian Sanches