sexta-feira, 17 de abril de 2009

O Tifis de Caneca


A Independência brasileira foi declarada em 1822, porém a dominação de Portugal se estendeu durante um período muito longo no país. Após a declaração, Dom Pedro I ficou na antiga colônia para, teoricamente, defender os ideais brasileiros. Na verdade, auxiliou mais Portugal do que o Brasil.

Nesse período, em que o Brasil tinha como representante um português, Frei Caneca edita seu jornal, o Tifis Pernambucano. O periódico circulou apenas de 1823 a 1824, mas teve grande importância nessa discussão sobre o “Brasil independente”.

Segundo a professora Cida Ruiz, que ministra aulas de roteiro para teledramaturgia, história do Jornalismo e orienta os projetos de TCC no curso de Rádio e TV da Universidade Metodista, as atividades daquela época tiveram grande importância com o jornalismo de ideias “Na região do Nordeste, que era de grande relevância para o país naquela época, os jornais contestaram o autoritarismo de Dom Pedro e o acusaram de ceder regalias a Portugal”, conta Cida.

O primeiro exemplar do Tifis Pernambucano, o jornal de Caneca, foi lançado no natal de 1823 com a notícia da dissolução da Assembléia Constituinte. Dom Pedro I criou a Constituição de 1824, onde deixava claros os propósitos liberais, mas também dava direito ao príncipe de se mostrar.
“Nessa época foi criado o quarto poder, o Moderador, onde Dom Pedro I tinha direitos como o Judiciário, o Executivo e o Legislativo”, diz Cida.

Frei Caneca, após escrever suas críticas ao governo no Tifis, se juntou a Confederação do Equador, que lutava contra a dominação do império. Nesse movimento ele encontrou seu fim.

Foi interrogado e acusado de disseminação de déias contra a boa ordem. Acabou morto em 13 de janeiro de 1825, com tiros de fuzil, após três pessoas se recusarem a enforcá-lo e um soldado passar mal antes do fuzilamento.




Carlos Ferreira